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Adalberto Marques/Integração Nacional |
Os
dirigentes das entidades estaduais de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão,
Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte levaram um documento na
noite desta terça-feira, 14 de maio, ao ministro da Integração
Nacional, Fernando Bezerra Coelho. O ofício elaborado pela Confederação
Nacional de Municípios (CNM) em parceria com os dirigentes das entidades
estaduais do Nordeste apresentava as reivindicações dos Municípios para
o enfrentamento da seca que atinge a região.
Entre
as reivindicações do documento estão a liberação de recursos via cartão
de pagamento da Defesa Civil. Este cartão seria uma forma dos gestores
receberem dinheiro para pagamento de emergências. Bezerra sinalizou a
possibilidade de ampliação dos repasses para o cartão e marcou uma nova
reunião para que os gestores levem uma proposta mais detalhada na
próxima terça-feira, 21 de maio.
Outro
encaminhamento feito foi o da escolha de dois presidentes das entidades
estaduais para representar os Municípios no Comitê Gestor Água para todos. E que no próximo encontro do comitê os dirigentes apresentem propostas para as questões mais pontuais da seca.
Culpa dos Estados
Quando
questionado pelos gestores sobre o dinheiro para a seca, Bezerra
afirmou que os Estados estão recebendo os repasses mas estão demorando
para executar obras e subconveniar os Municípios. “Existem mais de R$
56 milhões na conta dos Estados desde junho do ano passado para perfurar
poços. Foram empenhados mais de R$ 200 milhões para serviços essenciais
como pagamento de carro pipa e ração para gado”. E explicou: “Estamos
trabalhando em parceria com os Estados, pois são eles que operam as
companhias de água”. O ministro ainda deixou clara a frustração do
governo com a demora na execução desses repasses.
Para
a presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria, o
governo divulga a todo o momento que está mandando dinheiro para a seca.
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Adalberto Marques/Integração Nacional |
Na
espera de recursos de outubro de 2012, o Estado de Alagoas ainda
enfrenta a redução do número de carros pipa. “O exercito está diminuindo
o número de carros pipa para a região, porque choveu um pouco. Mas não
foi o suficiente para encher nenhum reservatório ou manancial. Fizemos a
mobilização da seca em parceria com a CNM na segunda-feira, 13 de maio,
em Santana do Livramento (AL), onde escutei o relato de produtores que
se suicidaram porque perderam tudo”, conta o presidente da Associação
dos Municípios Alagoanos (AMA), Marcelo Beltrão.
Divida rural
Para
Beltrão a execução rural dos produtores do Nordeste deveria ser
paralisada, pelo menos nesse período mais grave da estiagem. “É preciso
uma renegociação da dívida dos produtores desta região”, pede.
Fonte: Agência CNM